terça-feira, 3 de maio de 2011

ANTÍTESE UTÓPICA


“Vamos acabar com todos os males do mundo!”, pensou o revolucionário Karl Marx enquanto construía a teoria comunista. No livro "Manifesto do Partido Comunista", escrito em 1848 juntamente com Friedrich Engels, sua principal idéia era acabar com a miséria e com a exploração do ser humano, presentes na sociedade capitalista. Seu princípio básico era o de que “todas as pessoas são iguais”, e ambos eram contra qualquer forma de opressão. O comunismo seria, por Marx, a última fase da sociedade, que seria atingida pela revolução proletária.
O livro de Marx e Engels foi um marco. A partir daí, esse modelo de sociedade (teoricamente sem classes e sem estado) foi instaurado em 27 países, tais como China, Cuba, Coréia do Norte e Vietnã, os quais ainda no século XXI são considerados adeptos da política comunista.
Agora, vamos imaginar uma sociedade inserida em um mundo onde as pessoas vivem felizes e trabalham para um bem comum. Não existe inveja, pré-conceito ou julgamento, e as pessoas vivem contentes, em harmonia. Uma idéia que existe desde Platão, passando por Thomas Morus, pensador humanista do séc. XVI que cunhou o termo “utopia”. 
Morus idealizava uma sociedade perfeita e igualitária, objetivando a criação de uma realidade na qual fosse possível afastar a idéia da diferença entre as pessoas para trazer a igualdade entre elas. Esse conceito, utópico, está presente em diversos segmentos, tais como econômico, político, ecológico, religioso e histórico-político, entre outros.
Hoje, é sabido que houve uma quebra da Utopia Comunista, uma vez que apenas 11% das sociedades comunistas restaram no mundo. A idéia de que todos somos detentores dos meios de produção e de que o lucro é dividido igualmente entre todos, não está sobrevivendo, em sua totalidade, na sociedade capitalista.
Distopia cubana
            Yoani Sánchez é uma jovem cubana que presenciou o regime comunista daquele país, sob o governo de Fidel Castro e de seu sucessor Raúl Castro. Atualmente, com 35 anos, ela é uma das mulheres mais influentes do mundo. Jornalista e fióloga, ela se dedica a escrever sobre os ideais, anseios, frustração e as constantes buscas da geração Y, pessoas nascidas em Cuba, entre os anos de 1970 e 80, que carregam o “ípsilon” em seus nomes. Uma forma de “descobrir” Cuba através dos olhos dessa geração.
          A jornalista luta a favor da liberdade de expressão, não exercida em seu país de origem. Suas reflexões levam o mundo inteiro questionar a sobrevivência de uma sociedade comunista, com seus ideais já difusos, sobre um panorama opressor.
            Todos os ideais de Yoani Sánchez podem ser conferidos em seu blog: http://desdecuba.com/generaciony_pt/. Além dele, a ativista de direita escreveu alguns livros de extrema importância, embasados em um pensamento de uma Cuba moderna, entre eles o “De Cuba, Com Carinho”, com seus melhores posts e  “A Ilha Roubada”.

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